segunda-feira, junho 26, 2017

SALVA A TERRA 2017 - SALVATERRA DO EXTREMO RECEBEU ECO-FESTIVAL

Terminou ontem, que já foi hoje, o Salva a Terra. O encerramento foi ao nascer do sol, no "palco pôr do sol", estava eu a terminar o meu curto sono reparador. Mais uma vez este Festival foi um grande acontecimento, com uma mão cheia de músicos que voluntariamente partilharam momentos de grande música com os participantes. Não houve nenhuma enchente, é certo, mas isso também ajudou a que o ambiente que se viveu fosse especial, pois o Salva a Terra não pretende aspirar a um desses festivais massificados e pouco amigos do ambiente.
Mas o Salva a Terra é especial também por todos os outros voluntários que asseguram a organização, desde as próprias gentes de Salvaterra do Extremo (que vale sempre a pena visitar demoradamente e conviver com os simpáticos e prestáveis habitantes) até pessoas que vêm de muito longe para ajudar aqui e ali, ou partilharem saberes em palestras ou oficinas práticas.
Nesta edição não fui de voluntário, inscrevi-me com bilhete e refeições na cantina e acampei na lindíssima zona das tendas. Mas não fui capaz de evitar dar umas ajudas aqui e ali, entre as muitas actividades em que participei. A minha bicicleta eléctrica ajudou-me bastante, nas idas e vindas. Uma pessoa vai ao Salva a Terra e vem de alma cheia, carrega as baterias para um ano inteiro, graças à boa onda que ali se vive. Revi velhas amizades, conheci pessoas extraordinárias, fui tão bem recebido pelas pessoas de Salvaterra que já conhecia e por outras que fiquei a conhecer. Não quero exagerar, mas o Salva a Terra é um acontecimento que não deixa ninguém igual depois de lá viver essa experiência de 4 dias.
Como levei uma carrinha da Quercus que ficou a ajudar no transporte de pessoas e coisas durante o Festival, para além de duas bicicletas e tendas para emprestar, ainda dei boleia a um voluntário de Aveiro, que era a primeira vez que ia participar. O Gonçalo Ramalho tirou uma foto que poeticamente diz muito sobre este Festival tão especial, e que simpaticamente me "emprestou" para publicar. Foi na tarde de Sábado, estávamos ali para os lados da cantina, e viemos todos cá fora ver a beleza de fogo e energia do pôr do sol. Nada de especial para quem viveu no interior, mas muito bonito, e reparei como todo o céu apresentava uma evolução de cores muito especial, isso sim, algo mais raro de ver. Nesta foto revejo aquela lenda dos índios norte-americanos que dizem que quando a nossa mãe Terra estiver em grande perigo, um grupo de guerreiros do arco-íris virão combater e salvar a vida na Terra (Rainbow Warrior - Greenpeace). Nesta foto vejo o fotógrafo português que morreu no atentado com bomba em que o governo francês afundou o Rainbow Warrior, vejo aqueles que ao meu lado, ao longo dos anos, têm denunciado ilegalidades e comportamentos que estragam o ambiente, mas vejo também todos aqueles voluntários, músicos, pessoas de Salvaterra do Extremo, pessoas da Junta de Freguesia, pessoas da Câmara Municipal, pessoas que ali se deslocaram com o seu pequeno negócio, pessoas da Quercus que no passado foram a alma deste Festival, e todos os voluntários que se inscreveram para ajudar a fazer da edição de 2017 algo inesquecível.

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