terça-feira, abril 07, 2015

UM PRÉMIO PARA AS NOVAS GERAÇÕES?


O Daniel é de longe do Monte Barata. Mas isso não o impediu de ir conhecer aquela que é a mais importante propriedade rural nacional dedicada à conservação da natureza. São mais de 400 hectares que constituem a primeira grande propriedade adquirida em Portugal por uma associação ambientalista (link para um texto de resumo histórico da Quercus - clicar aqui para o blogue Cheira-me a revolução). Antes de ser reconhecido como uma propriedade muito importante para a conservação da natureza pelo governo de então, que com esse reconhecimento incluiu o Monte Barata na área classificada do Parque Natural do Tejo Internacional, já o Monte tinha sido distinguido. Primeiro com os prémios Ford, em 1994 - Galardão de Prata dos Ford European Conservation Awards do ano de 1993 (concedido ao Projecto Tejo Internacional, numa cerimónia em Antuérpia, Bélgica - o Monte Barata era parte integrante deste projecto financiado pela Europa). E uns anos depois foi o reconhecimento pela própria Associação, que me atribui o Prémio Quercus (em 1999??? já não sei precisar a data e aqui neste link o histórico dos prémios agtribuídos só remonta até 2004) pelo trabalho desenvolvido no Monte e que eu entreguei às pessoas que ao longo dos anos se dedicaram ao próprio projecto. E por isso este galardão, que na altura era constituído por um quadro com um design original e com um texto do Luandino Vieira, continua a residir no Monte Barata. Ele aqui está, nas minhas mãos e nas mãos do Daniel, que pertence a uma geração que vai ter que se erguer ainda mais do que a nossa perante os interesses mesquinhos que cada vez mais regem a sociedade humana. Uma luta desigual em termos de meios, mas que podemos vencer porque seremos sempre muitos mais os que temos a inteligência de perceber que como as coisas estão agora é impossível o planeta aguentar. E o Monte Barata é um local de treino intelectual por excelência! Venham mais jovens que mereçam abraçar este prémio Quercus, que também pode ser deles.

1 comentário:

Rosina Ramos disse...

Excelente escola viva!
São já várias as gerações de defensores da natureza que por ali passaram orgulho-me de ser uma dessas pessoas.
O silêncio cheio da Natureza é inesquecível.